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O papel do Banco Central na construção da inovação financeira


A agenda de tecnologia e inovação para o sistema financeiro programada pelo Banco Central para 2024 está baseada em quatro pilares principais que têm como objetivo trazer benefícios para toda sociedade. Foi o que Otávio Damaso, Diretor de Regulação do BC, disse em sua palestra no iX Conference, evento realizado em São Paulo, no dia 8/11.


Pix, o primeiro pilar, teve uma enorme adesão da população, continuará sua evolução com desenvolvimento de novos serviços. Em seguida vem o Open Finance, outro projeto que será prioridade em 2024. “Daqui a dez anos estaremos nesse mesmo evento e vamos analisar tudo que o sistema proporcionou e pensar como pudemos viver sem ele”, afirma Damaso. Segundo ele, apesar dos incumbentes não terem interesse no compartilhamento de dados, o Banco Central está empenhado em oferecer a melhor oferta para os consumidores.


Outro foco do BC será o DREX, moeda digital que visa o mercado de atacado, já que as transações do dia a dia estão sendo atendidas pelo Pix. Damaso exemplificou o uso da moeda digital em transações de venda de bens como carros e imóveis, onde a assinatura de documentos de transferência deve ser feita simultaneamente com o pagamento. Destacou ainda que o BC, através do Lift, convoca a sociedade a apresentar projetos de uso para serviços financeiros e, no caso do DREX, mais de 100 projetos foram apresentados.


A tokenização é a quarta inovação que está no radar do Banco Central, uma vez que é um processo que pode se conectar com Pix, DREX e Open Finance. Embora ainda não haja um projeto de tokenização em andamento, o BC está monitorando esse mercado e aberto às novidades que a tecnologia possa agregar.


Na sequência de sua palestra, Damaso participou do painel “O futuro do sistema financeiro: DREX, Open Finance e inclusão digital”, que contou com José Mario Ribeiro, da Adiq, Letícia Malága, do Peck Advogados, Juarez Borges Filho, da PayPal e moderação de Rodrigo Soeiro, da Monnos. Nesse debate, os painelistas destacaram o importante papel do regulador nas iniciativas que estão promovendo a inovação e sua função de supervisão dos incumbentes e participantes dos projetos em andamento.


Em sua fala no painel, Damaso destacou que o BC usou a inovação como forma de superar barreiras e contou que inicialmente o Pix não tinha o apoio da indústria de pagamento, porém, o seu desenvolvimento foi uma prioridade do Banco Central pensando no bem público. Destacou também que a interoperabilidade dos sistemas é uma questão ambígua, pois quando é boa para indústria rapidamente é implementada, porém quando gera concorrência e visa beneficiar o consumidor, em geral tem seu desenvolvimento travado pelo sistema.


Damaso também lembrou que o Banco Central regular o mercado, mas também tem o papel de supervisionar os incumbentes, o que é feito com rigor para manter sistema financeiro estável e saudável. Finalmente destacou que toda inovação é desafiadora e que as empresas, além de tecnologia, precisam de uma boa governança para seguir o caminho da inovação.





Fonte: Redação


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